LAURACEAE

Aiouea trinervis Meisn.

Como citar:

Maria Marta V. de Moraes; Tainan Messina. 2012. Aiouea trinervis (LAURACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

5.001.332,842 Km2

AOO:

324,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Distribui-se nos Estados do Pará, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul (Quinet et al., 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?A espécie ocorre nasregiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, com EOO de 4.236.769,6 km², inclusive em unidades de conservação (SNUC). <i> </i>

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Nomes populares: "brinco-de-princesa", "louro-de-goiás", "uridol", "urinosa", "vergateza" (Moraes, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Poucos estudos populacionais estão disponíveis para a espécie. Cabacinha (2008) amostrou um indivíduo, o equivalente a 1,41 ind./ha, na alta bacia do rio Araguaia, GO/MT. Um indivíduo também foi amostrado uma área na Borda Oeste do Pantanal, Corumbá/MS (Lehn et al., 2008). Foram amostrados 2 ind./ha no Sítio Bom Sucesso, Viçosa, MG (Campos et al., 2006); no maciço do Urucum, MS, foram amostrados nove indivíduos em uma área da Fazenda São Marcelo, equivalente a uma Densidade Relativa de 0.99. e 24 ind. na Faz. Paraíso, com D.R. de 1,4 (Damasceno-Jr., 2005).

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Cerrado
Fitofisionomia: Aiouea trinervis ocorre no Brasil nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul (Pedralli, 1984), sendo frequente no Cerrado do Mato Grosso do Sul. No município de Corumbá, a espécie é encontrada no Campo Rupestre na Morraria do Urucum, possuindo aí porte arbustivo, já na Floresta Estacional Semidecidual da morraria Santa Cruz apresenta porte arbóreo (Alves; Ishii, 2007). No Paraná é encontrada em Campo Úmido, Cerradão e Cerrado típico (Souza, 2009).
Habitats: 2.2 Moist Savana
Detalhes: Arbusto, raramente arvoreta de até 6 m de altura, ramos pilosos amarelados próximos ao topo. Folhas rígidas coreáceas, verdes, elípticas. Flores pilosas ou glabras, de coloração creme, verde-amarelado ou amarela. Fruto cúpula infundibuliforme ou pateriforme, imerso em um pedicelo alargado (Kubitzki; Renner, 1982). Ocorre no Planalto Central brasileiro. A espécie apresenta características adaptativas à seca, tais quais: xilopódio, deciduidade, folhas relativamente espessas com margens rígidas, e as folhas mais pilosas dentre todas as Aiouea (Moraes, 2005). Aiouea trinervis ocorre no Brasil nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul (Pedralli, 1984), sendo frequente no Cerrado do Mato Grosso do Sul. No município de Corumbá, a espécie é encontrada no Campo Rupestre na Morraria do Urucum, possuindo aí porte arbustivo, já na Floresta Estacional Semidecidual da morraria Santa Cruz apresenta porte arbóreo (Alves; Ishii, 2007). No Paraná é encontrada em Campo Úmido, Cerradão e Cerrado típico (Souza, 2009).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) high
Estima-se que no Estado de São Paulo o bioma Cerrado ocupava originalmente cerca de 1.837.150 ha em 1962, sendo reduzido a apenas 211.925 ha em 2000-2001, o que representa uma perda de 88% de sua área em quatro décadas (Rossatto et al., 2008). A região de Morraria em Urucum, MS, está sob forte pressão antrópica para abertura de novas áreas para agricultura e extração de minério de ferro, sendo estimado um total de 47% de áreas alteradas para agricultura, pecuária e mineração (Damasceno-Jr., 2005). A paisagem da região da alta bacia do rio Araguaia, GO/MT, encontra-se completamente fragmenta. As ilhas de vegetação remanescentes, em sua maioria estão isoladas, cercadas por agricultura (soja e algodão) e por pastos (Cabacinha, 2008).

Ações de conservação (4):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Considerada "Rara" (RR) pela Lista vermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Ocorre na Estação Ecológica de Assis, Estado de São Paulo (Rossatto et al., 2008), Área de Proteção Ambiental Guariroba, Campo Grande, MS (Campo Grande, 2008). Reserva Particular do Patrimônio Natural, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Campo Grande (Alves et al., 2007).
Ação Situação
3.8 Conservation measures on going
Presente nas Diretrizes para a Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo, (Rodrigues et al., 2008).

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
Bioativo
Seu extrato possui atividades larvicidas a Aedes aegypti, podendo ser usada como combatente natural aos mosquitos (Silva, 2010).
Uso Proveniência Recurso
Bioativo
​As folhas são usadas como afrodisíaco em forma de chá (Moraes, 2005).